quinta-feira, junho 30, 2005

"Dissionario da língua Portogueza"

A partir de hoje vou iniciar uma nova rubrica neste blog, vou procurar responder a todas as vossas dúvidas sobre a língua portuguesa. Alguns sinónimos que não são explícitos nos dicionários comuns…

“Dissionario da língua Portogueza!!!”

O Carlos comeu desalmadamente.
Significa que o Carlos comeu de uma forma que não é de Almada…

Desalmadamente = não é de Almada!


p.h.

versão em papel!

Depois da praga inicial de que todos os blogs com mais de 15visitas foram transformados em livro, parece que o flagelo voltou a atacar, mas agora as premissas são mais restritas, claro que é necessária grande afluência de visitantes, agora proporcional aos utilizadores da Internet, mas a maior forma de decisão é a utilização de vocabulário jovem (?), e a chamada “linguagem simples, fria, descomplexada, directa, com muitas abreviaturas e calão!!!”(?)
Está sim uma forma castradora, uma vez que todos aqueles que insistem em continuar a escrever em Português, aquele que se aprende na escola, estão à partida excluídos...
Para todos aqueles que sonham ver o vosso blog chegar as prateleiras da FNAC, é fácil, passem a ter uma visão mais aberta sobre o sexo, com isto estou a incluir a partilha de pormenores da vossa vida privada, apimentados com alguns palavrões, desculpem, vocabulário jovem…depois critiquem tudo e todos, e muito importante, não deixem que os visitantes comentem os vossos posts. Pois "os comentários são um convite aos canalhas", já dizia o Pedro Mexia!!!
E ele é que sabe, afinal o blog dele também já rendeu um livrinho…
Nós aqui no CHUMAPAMISSA vamos desde já garantir que estamos em negociações para a publicação de alguns dos nossos posts em formato de papel higiénico… como tal, de hoje em diante agradecia que todos os contribuidores e comentadores deste rolinho, quiçá scotex, de forma dissimulada passem a incluir algumas formas do dito Vocabulário jovem
Se a Rititi consegui ser jovem e escrever um livro, nos também vamos conseguir…
Peço desculpa…
…nós também vamos conseguir, CARALHO!


p.h.

segunda-feira, junho 27, 2005

Assentamento

Ontem li no "Jornal de Leiria" que os assentamentos na zona velha da cidade tinham parado. Eu nem sabia que se tinham verificado assentamentos do solo naquela zona, mas era noticiado que se tinham verificado várias paredes rachadas, e que havia inclusivé vidros de montras partidos e portas que não abriam.
Até aqui tudo bem, não fosse dizer também na notícia que a provável causa de tal assentamento deveria ser o aumento de tráfego que se fez sentir numa das ruas dessa área e que tal se devia à terpidação provocada pelos veículos (ligeiros apenas), que agora têm de usar mais frequentemente aquela via devido a obras a estarem concluídas para o Euro'2004.
A minha pergunta é a seguinte: "Será que ninguém pensou que o assentamento do solo possa ter sido causado pela construção de um parque de estacionamento suterrâneo que fizeram a 200 metros da zona velha, precisamente no local onde antigamente passava o Rio Liz (ou Lis, já nem sem...), desviado por D. Dinis, e que o facto de a zona velha se encontrar abaixo do nível do rio possa também ter influência? Ou serei eu o único a quem isso passou pela cabeça?"
Já agora, será que alguém já pensou que naquela rua acima mencionada, sempre existiu trânsito automóvel até à um par de anos atrás e nunca nessa altura se deu conta de assentamentos...

domingo, junho 26, 2005

A Leste do Romantismo!!!

Acreditando no romantismo de todos os dois leitores deste blog, e convicto de que nunca é tarde para abrir o coração e dizer àquela pessoa o quanto nos é especial…
Ou mesmo, para qualquer contribuidor do Chumapamissa que um dia se irá aventurar na difícil tarefa de “trepar o andaime”…
Sei que um dia vos será útil!!!
Sei que todos vós já pensaram de onde viria o meu enorme “sucesso” no mundo feminino… (para quem me conhece pode substituir sucesso por impacto, é mais abrangente. Para os outro, pode ficar!!!)
Hoje resolvi abrir um pouco do meu mundo, abrir o meu coração e dar-vos a conhecer alguns dos melhores poetas populares românticos das nossas “ruas”…
Muitos deles imigrantes ilegais de países longínquos, tipo estrangeiro ou Amadora… que apenas movidos pelo desejo de encontrar o amor, aprendem a nossa língua!!!
Hoje deixo-vos com algumas das mais belas frases de amor…do grande poeta, antigo ministro da cultura da Moldávia…e assentador de tijolo, Vladimir Skapartov.

- Tens umas pernas muita boas é pena é serem logo a primeira coisa a meter pó lado!

- Só não tenho pêlos na língua porque tu não queres.

- Tens uns olhos que parecem dois grelhadores, quando olho para ti até se me grelham os tomates.

- Com esse cú, estás convidada a cagar na minha casa!

- Tens cá um par! Dava para alimentar uma cidade!

- Vieste do espaço mamuda! Tens um cú do outro mundo!

- Andaste na tropa xavala? É que já marchavas!

- Olha lá! Tens 20centimos que me emprestes, ó sereia?! É que queria ligar à minha mãe a dizer que encontrei a mulher da minha vida!

- Diz-me quem é o teu ginecologista para eu lhe chupar o dedo!

sábado, junho 25, 2005

00-AA-00

Penso que a responsabilidade de decidir qual o aspecto das novas placas de matrícula automóvel só pode ter sido dada a alguém com muito sentido de humor, e que para os amigos deve ter agora dito qualquer coisa como: "Lembram-se daquela cena que eu disse que conseguia fazer, aqui à uns 15 anos? Pois desta vez fui muito mais longe, só usei o mesmo princípio que da outra vez, mas desta vez espero que as placas não durem mais de 10 anos..."
A outra possibilidade que imagino, é a desta pessoa ser paga cada vez que tem de imaginar e calcular as hipóteses de matrículas que determinada configuração possibilita, e que essa pessoa vive disso... Esta hipótese só não faz total sentido porque acredito que se fosse o caso, essa pessoa ter-se-ia decidido por qualquer coisa tipo 0-A-0, e teriam deixado...

quinta-feira, junho 23, 2005

...Ouvi Dizer...

Hoje apeteceu-me voltar a ouvir dizer…
Para mim, a melhor banda portuguesa!
Foi bom enquanto durou…e ainda ficaram algumas grandes músicas e letras para recordar!
Resta-nos ouvir dizer…

Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!
Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!


Ornatos Violeta


p.h.

quinta-feira, junho 16, 2005

Mais um!

Os olhos cerrados pesam, estão inchados, e as olheiras notam-se a um par de metros... A boca encontra-se seca e o paladar não funciona, o almoço não sabe a nada, independentemente do que se tenha comido... O corpo está dorido e pede um colchão, já não se consegue pensar em nada, o cérebro não funciona. O sistema digestivo parece entrar em colapso, desde os intestinos e passando pelo estômago, no qual a azia já reina... O melhor pensamento que se tem passa por uma almofada...
Enfim, um dia de exame igual a todos os outros...

quarta-feira, junho 15, 2005

Desde quando?

Desde quando as palavras "espalho", "coalho" ou "vermalho" começaram a ter a primeira vogal do alfabeto na sua constituição?
Às vezes penso que começo a pertencer a uma pequena minoria em extinção que ainda consegue articular a palavra "espelho", sem lhe alienar um "a"...
Raios...

terça-feira, junho 14, 2005

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua,meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.
Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,
porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certeza
de que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nome
no silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.


Adeus.


Eugenio de Andrade

domingo, junho 12, 2005

Parabéns!

Parabéns Filipa!

sábado, junho 11, 2005

Sem Comentários (Tentem não rir!)

Hoje li no Público que uma equipa de investigadores da Universidade de Oxford tinha chegado à conclusão de que as pontuções atribuidas no Festival Eurovisão da Canção eram de sobremaneira mais influenciadas pela afinidade entre os países do que pela qualidade musical dos temas apresentados.

...

domingo, junho 05, 2005

Tiraram-nos a ponte!

Tiraram-nos a ponte!
A ponte que outrora fincava pés na Ria que chamaram Formosa. A ponte que antes servia de cais ao barco que rumava a Faro, e que agora apenas contemplava a calma destas águas, o constante chegar e partir dos gigantes alados, a silhueta da cidade e ainda ao fundo, o "pai" de outra Ilha, a do Farol...
Tiraram-nos a ponte.
Aquela que via da janela, de manhã, à tarde, à noite... Aquela onde nos encontrávamos quando a água abraçava o quarto degrau e nos dava permissão para mergulhar nela, lançados desta nossa companheira que nos viu crescer. Que nos viu começar a mergulhar, primeiro do terceiro, depois, do segundo, depois, do primeiro degrau... Que nos ensinou a mergulhar de cabeça para as águas que a aconchegavam duas vezes ao dia.
Tiraram-nos a ponte.
A ponte que tantos amores viu nascer e que outros tantos viu enterrar, por de Verão se tratarem... A ponte que nos esperava, todas as noite, para partilharmos com ela, ano após ano, as aventuras que vivíamos nesta praia.
Tiraram-nos a ponte.
Aquela da qual nunca nos despedimos, aquela que pensávamos ficar à nossa espera para sempre, aquela que era a nossa ponte, e que agora nunca será de mais ninguém...
Tiraram-nos a ponte...

Sexta-feira, 3 de Junho de 2005

(Sem título)

Há dias em que o Sol não aquece.
Há dias em que a noite persiste.
Fechado na escuridão do dia frio
Na procura de um olhar eterno
Fico longe…
Espero, desespero e insisto…
Quero-te!
Mas sei que não te mereço.
Nem assim desisto!
Pois há dias em que a noite se esquece
E o teu Sol aquece!


p.h.

sábado, junho 04, 2005

...silêncio...

Se há dias em que as palavras não falam, outros há em que o silêncio diz tudo…


p.h.

Doce...

Doce sorriso o teu que alimenta a minha paixão.

Obrigado.