quinta-feira, janeiro 19, 2006

Roca? Valadares? Sanitana?

A única coisa que a senhora da limpeza fez, foi, como aliás lhe competia, limpar os pedaços do lavatório partido que se encontravam dispersos no chão e despejá-los no lixo. Até aí tudo bem, não se desse o caso deste lavatório e respectivos pedaços partidos fazerem parte duma exposição patente no Centro de Artes e Espectáculos, CAE, da Figueira da Foz…
Agora, a empresa que emprega a senhora, vai ter de pagar ao artista para refazer uma nova peça de arte equivalente à primeira. E será que vai fazer a senhora pagar por isso, descontando-lhe isso no ordenado, por exemplo? O facto de a senhora fazer aquilo para que foi contratada pode agora custar-lhe uns “euritos” suplementares no final do mês. Ao fim ao cabo, um lavatório, custa uns bons contos de reis, e também não nos podemos esquecer do objecto que serve para partir a loiça, já para o artista pode não servir a primeira chave de fendas que lhe apareça à mão e querer parti-la com um verdadeiro martelo, pelo que temos de juntar mais um par dos mesmos “euritos” à conta final!
Só espero que tenham dado à dita senhora a possibilidade de ela mesma restabelecer um objecto idêntico ao que “despedaçou”, já que não me parece que ela tivesse muitos problemas em “escavacar” um canto ao lavatório cor-de-rosa que lá tem em casa e levá-lo para exposição, até porque aproveitava assim o dinheiro para comprar um já com torneira mono-comando e cromada… Ou será que a obra de arte é assim tão artística e tem de voltar a ser o autor a refazer uma igual? Ou não será também que se a obra é assim tão prima, pode ser refeita?