A Ilha do Roy!

Durante a 2ª Grande Guerra, a Grã-Bretanha montou uma série de bases militares na costa do seu país, construídas no mar, perto das cidades que queria defender dos alemães. Uma destas foi o forte Roughs Tower, situada um pouco a norte do estuário do Thames, aproximadamanente a 10 quilómetros de Suffolk, qualquer coisa entre 6 a 7 milhas náuticas, e por isso em águas internacionais... Este forte, com uma área de 550 m^2 albergava uma peça de artilharia anti-aérea e uns quantos militares Britânicos, os suficientes para manobrar a peça e poucos mais.
Com o fim da Guerra, estas bases foram abandonadas e nunca mais foram utilizadas, ficando os fortes deixados ao abandono, em território extra-nacional...
Até que, a 2 de Setembro de 1967, o antigo major Paddy Roy Bates ocupou formalmente a ilha e estabeleceu aí a sua residência, juntamente com a sua família, declarando a ilha sua propriedade. Ao mesmo tempo intitulou-se Príncipe e à sua esposa Príncesa do agora chamado Principado de Sealand.
Depois de conhecido o caso, a Marinha Britânica entrou em águas territoriais do Principado e foi recebida "com chumbo" como um aviso, facto levou Roy de Sealand, cidadão britânico ao banco dos réus, e que constituiu a primeira vitória deste, já que o tribunal que o julgava declarou não ter jurisdição fora do território Britânico!
Em 1975 é proclamada a Constituição do Principado de Sealand, criando-se também a bandeira, o hino nacional, selos, passaportes e ainda moedas de prata e de ouro lançando o Dólar de Sealand, cujo valor é o do U. S. Dollar e posteriormente, em Agosto de 1978 uma série de empregados holandeses e o seu patrão (alemão) foram a Sealand e aproveitando o facto de Roy se encontrar "no estrangeiro", em Inglaterra, raptaram o seu filho Michael e apoderaram-se do forte, sendo este recuperado com a ajuda de um grupo armado de Roy, que fez dos holandeses e do alemão prisioneiros de guerra. Os governos Alemão e Holandês tentaram assim resgatar os prisioneiros e este facto deu origem a mais uma batalha ganha pelo reconhecimento do Principado, já que nem a Grã-Bretanha se deixou envolver por não se tratar de território nacional, como também o Príncipe Roy só os libertou quando um diplomata foi enviado para acabar a guerra através da via diplomática.
Assim, o Principado de Sealand tem sido reinado pela Família Real Roy, agora através do seu Príncipe Regente Michael, devido à fraca condição física do seu pai, e apesar de não, ser reconhecido por nenhum país, este principado nunca foi reclamado por nenhum outro, nem mesmo pelo Reino Unido, quando aumentou as suas águas territoriais de 3 para 12 milhas, que ultrapassaria a zona costeira a 6 milhas ocupada pelo forte, e visto que Roy aumentou também as suas áreas territoriais para o mesmo valor (no dia anterior!), estas 6 milhas (e qualquer coisa) entre os dois países são agora divididas "fifty-fifty", como é recorrente na divisão de águas territoriais de dois Estados...

Hoje em dia, o Principado, uma monarquia constitucional, possui um tribunal, uma Guarda (a cujos membros é dada a possibilidade de possuirem uma arma, de resto facto proibido na ilha), e desde 2003, um atleta oficial, Darren Blackburn, de Ontario, que já o representou em algumas provas de atletismo. Possui um Ministério dos Negócios Estrangeiros, um que controla as Telecomunicações e a Tecnologia, e ao qual está afecta a empresa que providencia seriços de internet, HavenCo Limited sediada em 1999 na ilha e ainda outro referente à Administração Interna e que pode ser contactado por e-mail ou pela caixa postal SEALAND 1001, Sealand Post Bag, IP11 9SZ, UK(!)...