domingo, maio 14, 2006

20'

Se no dia 21 de Abril de 1982, em plena Guerra das Malvinas, o piloto destacado para abater um Boeing 707 da Varig, não se tivesse apercebido do erro a 20 segundos de o fuzilar, o rumo da História poderia ter então sido completamente diferente.
O Boeing tinha sido avistado por três vezes quando o porta-aviões britânico HMS Hermes se deslocava da Ilha de Ascensão para as Falkland (ou Malvinas, para os argentinos) e o piloto do Sea Harrier que a quem tinha sido dada a missão de fazer o reconhecimento pensou ver as insígnias da Força Aérea Argentina nos simbolos da Varig, e apesar do Boeing não possuir armas de combate julgaram-no um avião de reconhecimento.
Da terceira vez que foi avistado, às 11h34 do dia 22 de Abril, o comandante das forças britânicas achou que estava na altura de tirá-lo de cena, e não fosse o piloto ter dado pelo erro imediatamente antes de disparar, este avião que fazia uma rota regular entre Joanesburgo e o Rio de Janeiro, que cruzava a rota do porta-aviões tinha sido abatido com um número posssível de 219 pessoas a bordo.
Os Estados Unidos possivelmente retiraria o apoio ao Governo de Margaret Thatcher que, de qualquer maneira via assim baixar a sua popularidade, que estava em declínio antes da guerra e que com um episódio destes, impossibilitaria os seus 10 anos de governo em que se manteve depois graças à popularidade que todo este cenário produziu. As Ilhas Falkland chamariam-se neste momento e oficialmente Maldivas, a população quase totalmente britânica, de cerca de 2 milhares de pessoas, que residia no arquipélago abandonaria a ilha e esta viria a ser habitada por colonos da Argentina, cuja ditadura militar não acabaria por causa do desgaste que a guerra lhe provocou e não haveriam eleições democráticas em 1983.
Por 20 segundos...