segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Coerência

Quanto à noite eleitoral, pouco tenho a dizer, tudo se deu, mais ou menos de acordo com as minhas previsões. Só não previ que Pedro Santana Lopes conseguisse manter tão distintamente a sua coerência. Santana Lopes manteve assim a sua máxima de não conseguir ver aquilo que salta à vista de todos (*). Só alguém com tamanha coerência conseguia não abandonar o Partido imediatamente após a tareia ditada na urna pelo povo...

(*) Excluindo a população do Circulo Eleitoral ao qual pertenço, e que, definitivamente nunca vou entender... (Obviamente não menciono aqui o Arquipélago da Madeira, por razões que me parecem óbvias...)

1 Comments:

Por volta das 2:54 da tarde, Blogger IAS achou que...

A coerência é um conceito muito subjectivo... O Paulo Portas só se vai embora porque aquela posição já não dá tacho! O CDS-PP não desceu assim tanto... de 8,75% para 7,26%. Desceu, portanto, 1,49 pontos percentuais, 17%. Não é uma descida assim tão grande. Especialmente se tivermos em conta a dimensão do CDS-PP. Não foi o Paulo Portas que andou a anunciar aos sete ventos que não iria abondonar os portugueses? Bem, acaba de abandorar os portugueses que votam nele!

O PSD, por seu lado, desceu de 40,15% para 28,69%. Desceu 11,46 pontos percentuais, 28,5%. A isto é que eu chamo tombo! O PSL não se vai embora, pelo menos para já. Mas também não durará muito tempo. Os vampiros não tardam a segui-lo. :[

A verdade é que, os resultados eleitorais não deveriam servir de desculpa (legítima). A não ser que haja arrependimento.

Mais algumas contas:
- em 2002 os partidos da esquerda tiveram 2.583.967 votos e os da direita 2.656.675 votos. Mais 72.708 votos para a direita, votação superior em 2,8%;
- em 2005 os partidos da direita tiveram 2.053.827 votos e os da esquerda 3.369.737 votos votos. Mais 1.315.910 votos para a esquerda, votação superior em 64,1%.

A abstenção não desceu, ou quase:
- 2002 -> 37,66%;
- 2005 -> 34,98%.
Chamam a isto mobilização?

 

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